terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Entrevista com BRUTTI & IGNORANTI



BRUTTI & IGNORANTI nasceu numa noite chuvosa no inverno de 2008, quando Ricu e Pelè decidiram dar vida a uma banda. Ao passar do tempo muitas coisas mudaram, são quase dois anos de trabalho – muitas pessoas fugiram, outras sumiram de circulação e outras foram postas de lado com um pé na bunda. Agora somente o Ricu é da primeira formação, junto com o Marco que assumiu o a guitarra desde o segundo ensaio. O Armando substituiu o Pelè na bateria após alguns meses, pois devido a distância ficava praticamente impossível ensaiar com ele.
Das gigs recordamos com prazer as baladas bem loucas em Trentino, a 250 km de Milão, são apenas duas míseras horas de puro delírio alcoólico. Na verdade, ainda hoje estamos ligados àquela terra, pois realmente recebemos todo o calor quando tocamos com os Urban Scum no verão do ano passado.

V. O. T. Streets: Por que escolheram o nome "Brutos e Ignorantes"?
            B&I: Quem nos conhecer pessoalmente, jamais fará essa pergunta!


V. O. T. Streets: Quais são as suas principais influências musicais?
            B&I: O que mais nos agrada são os sons dos anos 80, sem muitos arranjos, cru e sem riffs de rock stars babacas. Escutamos muito Streetpunk UK 82, para entenderem melhor, bandas como One Way System, Abrasive Whels (que tivemos a honra de conhecer pessoalmente), todo o Oi! daquele período e de modo particular o Oi! dos ingleses da Last Resort, 4 Skins, Indecent Exposure, Combat 84, Condemned 84, Cockney Rejects, os primeiros do Skrewdriver, aqueles do all skrewed up.
Sinceramente, não gostamos de sons muito trabalhados como as bandas estão fazendo ultimamente, bandas pseudo-skins que fazem passar por Oi! o que é talvez possa ser um rock de boa qualidade, mas que não tem muito a ver conosco. Somos skinheads caramba, não somos rock stars de merda!


V. O. T. Streets: Como nascem as suas canções? As escrevem em grupo ou tem algum cérebro pensante na banda?
           B&I: Normalmente Ricu as escreve e Marco jogas as melodias. As vezes nosso amigo Dario nos presenteia com algumas letras.


V. O. T. Streets:  Poderia nos falar da cena italiana e em particular daquela de onde vivem?
            B&I: A cena italiana está desvirtuada pela política. Aqui temos aqueles que estão na esquerda e os que estão na direita e os que não querem estar em nenhum dos dois lados como nós, que somos obrigados a suportá-los, mas nós não recuamos.
Para criar uma alternativa válida não-politizada, criamos o "Rejects Club" que levamos adiante com muito sacrifício e orgulho! Já tocaram para nós algumas bandas famosas como Warriors, Menace, Resistance77, Antidote, Abrasive Wheels, The Warriors e Demob. Esperamos poder continuar mandando à merda esses politiqueiros babacas de cortunos.


V. O. T. Streets:  Do que falam as suas canções?
           B&I: Nossas canções falam sobre o álcool/diversão, pois é a única coisa que gostamos de fazer e que fazemos bem hahahaha.


V. O. T. Streets: O que vocês conhecem da cena brasileira?
           B&I: Não conhecemos muito da cena em geral. Conhecemos como banda os Bandeira de Combate e gostamos muito deles tanto por atitude como por música.


V. O. T. Streets: Gostariam de tocar no Brasil?
           B&I: Gostaríamos muito, esperamos que algum dia possa surgir essa oportunidade e que também possamos dividir o palco com o BDC.


V. O. T. Streets: Quando não tocam ao vivo, como é o seu dia ideal?
            B&I: Beber, beber, beber, beber, beber, falar bosta do Dario, procurar um modo de não trabalhar, beber, beber, beber, beber, falar bosta do Dario e vomitar.


V. O. T. Streets: Com quem vocês gostariam de tocar se tivessem a possibilidade e com quem não tocariam nem por 1 milhão de euros?
           B&I: Gostaríamos de tocar com dezenas de caixas de cerveja e uma garrafa de whisky.


V. O. T. Streets: Vocês tiveram a sorte de tocar no Moloko, o pub skinhead mais famoso da Europa. Quais foram as suas impressões nesse dia?
            B&I: Foi um dia muito bom, com atitude correta e zero de encheção de saco. Também foi o lugar mais belo que já vimos na Europa em toda nossa vida.


V. O. T. Streets: Quais são seus projetos futuros?
            B&I: A prioridade é o nosso álbum que deve sair agora no inicio do ano. Se nos der o endereço mandaremos uma cópia ao fanzine.


V. O. T. Streets: A entrevista acabou, esse espaço final é de vocês para dizerem o que quiserem. Como se despedem dos seus fãs brasileiros?
            B&I: Maradona è meglio i Pelè c avemmo fatt u mazzo tanto pè l'ave!!!


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